quarta-feira, 19 de maio de 2010

Campeões no Velho Continente II

Dando sequência aos campeões dos principais campeonatos nacionais do Velho Mundo, falarei sobre as ligas holandesa, inglesa, italiana e portuguesa.

Holanda: Nem Ajax, nem PSV, muito menos o Feyenoord. Pelo segundo ano seguido, o título holandês não ficou com nenhum dos três maiores clubes do país. Após o AZ Alkmaar em 2009, foi a vez do Twente surpreender e sagrar-se campeão pela 1ª vez na história. A equipe sempre esteve entre os primeiros colocados. No início, a disputa era com o PSV, mas, a partir da metade do campeonato, a equipe de Eindhoven caiu de produção, à medida que o Ajax, comandado pelo uruguaio Luís Suarez, artilheiro do campeonato com 35 gols, entrava na briga pelo título, que não conquista desde 2004. Em uma disputa decidida na última rodada, o Twente fez valer a "gordurinha" acumulada no início da temporada para ficar com a taça.

Inglaterra: Em um ano atípico para os ingleses a nível internacional (depois de três anos seguidos colocando 3 clubes entre os quatro melhores da Europa, não teve nenhum representante nas semifinais da UCL), Chelsea e Manchester United protagonizaram uma grande disputa até a última rodada. Ambos buscavam um tetra: os Blues tentavam seu quarto título na história e os Red Devils queriam se tornar os primeiros a conquistar quatro títulos seguidos na Terra da Rainha, além de se isolarem como os maiores campeões, com 19 taças. Quem tentou entrar também nessa briga foi o Arsenal, mas a equipe londrina mais uma vez foi vítima da já conhecida falta de experiência de seu elenco e não teve forças para brigar até o final. O Manchester City decepcionou e só ficou com uma vaga na Europa League. Mas, decepção mesmo foi o Liverpool. Além do vexame de não passar da fase de grupos na Liga dos Campeões, os Reds terminaram a Premier League apenas em 7º lugar e, se não fosse uma punição ao Portsmouth, por ordem administrativa, nem a Liga Europa jogaria na próxima temporada. Sorte do Tottenham, que volta à Champions League após 48 anos. E o título? Assim como na Espanha, os confrontos diretos foram decisivos. Graças as vitórias por 1x0 no Stamford Brigde e 2x1 em Old Trafford, o Chelsea acabou com a hegemonia do United e levou a taça de volta para Londres.

Itália: O futebol é mesmo curioso. A Itália é a atual campeã do mundo, mas o time que há tempos dá as cartas por lá não possui nenhum italiano dentre os titulares. Aliás, faz jus ao seu nome: Internazionale. Pelo quinto ano consecutivo, a equipe de Milão
conquistou o scudetto. É bem verdade que o primeiro título dessa série, o da temporada 2005/2006, foi conquistado no "tapetão", após punição à Juventus por manipulação de resultados. Mas isso não diminui a soberania interista dentro da Velha Bota. Na atual temporada, o pentacampeão liderava de braçadas até a metade do returno, quando caiu de produção e chegou a ser ultrapassado pela Roma. Porém, na hora do "vamos ver", mostrou mais poder de fogo e garantiu a manutenção da hegemonia. E houve também um sabor especial: este foi o 18º scudetto conquistado pela Inter que, assim, ultrapassa o rival Milan, dono de 17 títulos nacionais. Vale ainda uma menção "nada honrosa" à Juventus, recordista disparada de scudettos (27 no total), mas que fez uma temporada ridícula e não passou de um medíocre 7º lugar.

Portugal: Tradicionalmente, quem dá as cartas em Portugal é o Benfica. Porém, desde a década de 1990, quem manda e desmanda por lá é o Porto. Da temporada 1994/1995 até 2008/2009, foram disputados 15 Campeonatos Portugueses, sendo que os Dragões venceram simplesmente onze. Mas em 2009/2010, o Porto sentiu muito a saída dos seus dois principais jogadores, os argentinos Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez, ambos para o futebol francês, e acompanhou à distância a briga particular entre Benfica e Braga pela taça. O Braga, considerado há tempos o clube mais forte depois do "trio de ferro", aguentou o quanto pôde. Mas, aos poucos, foi prevalecendo a força do elenco benfiquista, que conta com jogadores como Ramires, Aimar, Di Maria e Saviola. Não deu outra: Benfica campeão português pela 32ª vez na história. Ao Braga, coube um histórico vice-campeonato, que lhe garantiu pela 1ª vez na Liga dos Campeões.

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