quinta-feira, 8 de julho de 2010

Uma final laranja e furiosa


Eis que são definidos os dois países que, no próximo domingo, estarão no Soccer City, em Johanesburgo, para decidir o campeão do mundo em 2010. E, de qualquer forma, teremos um campeão inédito, com Espanha ou Holanda finalmente saindo da fila, algo que, ao meu ver, já é merecido para ambos os lados há tempos.

Na terça, Holanda e Uruguai se enfrentaram, na Cidade do Cabo, em busca de uma final que seria a terceira para ambos os lados (embora a Copa de 1950 não tenha tido uma final, de fato, sendo decidida num quadrangular). A Holanda saiu na frente, com um gol de Van Bronckhorst, batendo de fora da área. Também de longe, Diego Forlán empatou pra a Celeste, ainda no 1º tempo. Na segunda etapa, o Uruguai voltou um pouco melhor, mas tinha dificuldades para concluir. Já a Holanda, não era nem sombras da equipe que venceu o Brasil. Mesmo assim, chegou ao segundo gol. Em sua jogada característica, Arjen Robben bateu, a bola desviou em Maxi Pereira e entrou. Os uruguios reclamram bastante, pois Van Persie, que não tocou na bola, mas participou da jogada, estava em posição irregular. Logo na sequência, veio o terceiro gol laranja, novamente marcado por Robben, após passe de Dirk Kuyt. O Uruguai foi para cima e ainda conseguiu marcar o segundo gol, com Maxi Pereira, já nos acréscimos. Mas não havia tempo: após 32 anos, a Holanda está de volta a uma final de Copa do Mundo.

Na outra semifinal, a Espanha, grande favorita, ao lado do Brasil, antes do início do torneio, enfrentou a Alemanha, que lhe "roubou" o favoritismo, massacrando adversários de respeito e apresentando um futebol envolvente. Futebol esse que não apareceu em Durban. Ao contrário do que havia feito contra Inglaterra e Argentina, os alemães respeitaram demais a Espanha e pagaram um alto preço por isso. Mesmo criando boas chances no primeiro tempo, a Fúria não conseguiu tirar o zero do placar. E o segundo tempo foi na mesma toada, a não ser por um momento em que a superioridade espanhola foi ainda maior, com o gol só não saindo por caprichos dos deuses da bola. Mas, aos 27, enfim, sai o gol: Xavi cobra escanteio, e Puyol, de cabeça, manda para as redes. Mesmo depois do gol, a Alemanha não conseguiu voltar a ser aquele mesmo time que encantou ao longo de todo o Mundial e deu clara impressão de que conquistaria o tetra. Não conquistará. Pela primeira vez na história, a Espanha está na final da Copa do Mundo. Uma final que colocará frente-a-frente a Laranja Mecânica contra a Fúria espanhola. O Velho Mundo ficará pequeno.

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