sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Por que não pode ser diferente?


Eliminação de um campeonato é sempre muito ruim. Quando o campeonato em questão é simplesmente a cobiçadíssima Copa Libertadores, pior ainda.

Mas, por que no Corinthians tem que ser tão catastrófico? É bem verdade que no caso dos corinthianos, a pressão pelo título é bem maior que em outros clubes, pelo fato de carregar o estigma de ser o único dos quatro grandes clubes de São Paulo que nunca conquistou o título mais importante do continente.

Vamos dar um exemplo do quanto isso pesa. Se fossem São Paulo, Santos, Grêmio ou Cruzeiro, por exemplo, que tivessem empatado em casa com o Tolima, o impacto seria menor, pois tratam-se de clubes com muita tradição internacional e, querendo ou não, é essa mesma tradição que faz com todos acreditem que a equipe pode reverter uma situação do tipo. Ninguém duvidaria que um Cruzeiro não conseguisse vencer um clube desconhecido, mesmo que fora de casa. Mas e o Corinthians? O histórico de fracassos em competições internacionais faz com que qualquer tropeço em casa faça com que todos logo pensem: "será que vai acontecer de novo?". Resumindo, para o Corinthians, qualquer tropeço na Libertadores já é logo visto como uma trajédia anunciada. Assim sendo, a pressão sobre cada um ali dentro acaba sendo bem maior que em outros clubes.

Agora, você deve se perguntar sobre o título deste post. O que eu quero questionar é a sequência que sucede cada fracasso alvinegro em terras sul-americanas. Fortes pressões de torcidas organizadas, com direito a invasão à treinos e tudo mais (engraçado é que o torcedor comum não costuma ter o privilégio de conhecer as instalações de seu clube). Acabamos sendo apresentados a um transtorno bipolar, no qual Ronaldo, outrora aclamado, e Roberto Carlos, exaltadíssmo em 2010, passam a ser "expulsos" pela torcida.

Não quero aqui, de forma alguma, achar que as torcidas devam encarar uma eliminação de Libertadores como algo normal. Mas, não seria sensato param os corinthianos não serem tão extremos como estão sendo e costumeiramente são? Quem sabe assim os jogadores alvinegros não entram em campo com mais tranquilidade para reverter resultados como o empate em casa contra o Tolima? Entrar em campo num clima de "ganhar ou morrer" diminui, e muito, as possibilidades de um atleta render ao máximo.

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